segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Direitos de todos nós


Quando me lançaram este desafio de escrever alguma coisa neste dia tão importante, milhões de coisas vieram-me à cabeça. O Dia Mundial dos Direitos Humanos não é para brincadeiras. Depois pensei melhor na implicação da expressão Direitos Humanos. O que significa? O que é que nos diz? O que é que me diz a mim? Pensei e li um pouco da famosa Carta dos Direitos Humanos, tão falada e tão maltratada. Depois de a ler a minha mente vagueou até encontrar uma linha de pensamento nova.

Direitos Humanos...para mim muitos mais do que se fala nas politiqueces e nos documentários dos canais temáticos. para mim é o direito de viver, de amar e ser amado, de odiar mas não prejudicar, de rir e sorrir, de pensar e falar. É o direito de se viver como quer, quando quer, nos seus próprios termos sem nunca ferir os termos dos outros. É viver ao seu próprio ritmo, e parar com esse ritmo quando se deseja. É amar quem se quer, homem ou mulher, da forma como se quer e no tempo que se entende como necessário. É comunicar ou escolher o silêncio como forma de comunicação dolorosa e complexa. É escolher e poder escolher livremente, como cidadão de uma comunidade que é muito mais do que a mera soma das suas partes. É o direito de permitir que os outros exerçam o seu direito, é permitirmos que nós próprios usemos desses direitos sem constrangimentos ou torturas. É gritar, chorar, pedir ajuda e ser ajudado...

Depois de toda esta torrente de sentimentos basta-me pensar que Direitos Humanos é apenas por em prática tudo o que somos e temos medo, Seres Humanos completos ou incompletos na plenitude do seu SER! É não termos medo da proximidade e do contacto, com o outro e com nós próprios. É estarmos confortáveis na nossa própria pele, é respeitarmos o outro mas sobretudo a nossa própria existência.

Respeitar os Direitos Humanos no fundo é respeitarmo-nos a nós próprios, enquanto seres humanos. Melhor definição que esta desconheço...pô-la em prática...aí está o desafio!


Este post pertencem a um enorme post colectivo. Para mais informações visitem fenixadeternum.blogspot.com e vejam todas as pessoas que decidiram pensar no assunto...

8 comentários:

Renata Livramento disse...

olá! Você deu uma "cara" e um "coração" a esta blogagem, adorei! Sabe, vc tem toda razão, temos que falar sim dos direitos de maneira ampla, afinal é algo fundamental para toda humanidade. mas como sermos "humanos" com os outros lá de longe se não somos concosco e com os perto da gente?! A getne tem sempre que começar de algum lugar...mas o importante é não sair do caminho e continuar a buscar...
bj!

Lenny disse...

E mais palavras para quê? Está lá tudo já!:) Sobretudo é quando respeitamos o "Ser", o "Ser-se", que respeitamos o "outro"! Não esquecendo de nós próprios mas também não nos impondo aos outros, RESPEITANDO!!!E p.f. RESPEITEM humanamente!!

Bjs "Ser"!
De outro "Ser"!:)

Ceci disse...

Gostei muitíssimo de sua abordagem, soube colocar no texto o tema, com alma, vigor e maturidade. Parabéns. Abraços e até breve!

SAM disse...

Amiga, provaste-me o que eu escrevi na tua fita: as rochas são feitas de areia, pequena e brilhante.
Claro que na altura não escrevi essa última parte ;-) E também não escrevi que em cada rocha podemos encontrar uma pedra de inestimável valor. Vejo pelo "coração" que deste à blogagem (como tão bem disse a Renata), que esta pedra preciosa está cada vez mais visível.

Não te vou dar os parabéns pelo texto, vou-me dar os parabéns por ter-te como amiga.

Um grande beijo cheio de saudade!

Fábio Mayer disse...

É verdade, que não se respeita à si mesmo, não sabe o que representa o arcabouço de direitos humanos... e não respeita o de terceiros.

Luma Rosa disse...

Eu penso que alguns humanos ainda não se livraram dos bichos que os habitam. Beijus

Patricia kenney disse...

Que delícia de post! Pura poesia em prosa. Adorei! Direitos humanos também é pensar em si e lembrar como é bom poder ser como somos, viver como queremos, no nosso ritmo...
A propósito, adorei sua tatuagem. você tem coragem!
abraço
pat

José Elesbán disse...

Muito bem!