segunda-feira, 24 de novembro de 2008

A Segunda Vinda...

Para quem não gosta de poesia, tal como eu que não sou, efectivamente grande apreciadora, aqui vai um que me conquistou completamente. Wlliam Yeats escreveu e eu apresento na versão original e num tradução brasileira. Infelizmente não encontrei em Português. Se alguém tiver por favor que me envie...

The Poem
The Second Coming
Turning and turning in the widening gyre
The falcon cannot hear the falconer;
Things fall apart; the centre cannot hold;
Mere anarchy is loosed upon the world,
The blood-dimmed tide is loosed, and everywhere
The ceremony of innocence is drowned;
The best lack all conviction, while the worst
Are full of passionate intensity.
Surely some revelation is at hand;
Surely the Second Coming is at hand.
The Second Coming! Hardly are those words out
When a vast image out of Spiritus Mundi
Troubles my sight: somewhere in sands of the desert
A shape with lion body and the head of a man,
A gaze blank and pitiless as the sun,
Is moving its slow thighs, while all about it
Reel shadows of the indignant desert birds.
The darkness drops again; but now I know
That twenty centuries of stony sleep
Were vexed to nightmare by a rocking cradle,
And what rough beast, its hour come round at last,
Slouches towards Bethlehem to be born?


A SEGUNDA VINDA
Voando cada vez mais longe,
o falcão não ouve mais seu falcoeiro.
Tudo se desmancha no ar. O centro não segura
a imensa anarquia solta sobre o mundo.
Terrível maré de sangue invade tudo e
as cerimônias da inocência são afogadas.
Os homens melhores não têm convicção;
e os piores estão tomados pela intensa paixão do mal.
Alguma revelação vem por aí;
sem dúvida, é a Segunda Vinda.
Segunda Vinda! Digo estas coisas e o espírito do tempo
nubla meus olhos: nas areias do deserto
uma forma de leão com cabeça de homem,
com o olhar vazio e impiedoso como o sol,
move-se lentamente, enquanto rondam as
sombras de raivosos pássaros do deserto.
Voltou a escuridão; e eu vejo que vinte séculos de sono de pedra
querem se vingar do pesadelo que lhes trouxe o berço de um presépio.
A hora chegou por fim;
que monstruosa fera se arrasta para Belém para renascer?

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindo!

Obrigada pelo link.